Durante a abertura do 17º Encontro Nacional do PT, realizado na última sexta-feira (1º) em Brasília, o partido aprovou um documento em que pede ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a suspensão das relações diplomáticas e comerciais com o governo israelense comandado por Benjamin Netanyahu.

O texto foi lido pelo senador Humberto Costa, que atualmente preside o PT, e reforça a solidariedade histórica da legenda ao povo palestino. Na carta, o partido condena as mortes de civis em Gaza e na Cisjordânia, afirmando que “não se pode fechar os olhos para a tragédia de crianças mortas pelos bombardeios israelenses que se estendem há mais de 20 meses, além da fome e das doenças provocadas pelo bloqueio”.

O documento também cita que o governo Netanyahu é alvo de acusações de crimes de guerra, inclusive feitas por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros de Israel, ressaltando que “os crimes incluem o assassinato de civis desarmados e famintos que tentam buscar ajuda humanitária, mas encontram balas e bombas”.

Outro trecho lembra que, em 5 de junho deste ano, Lula classificou a situação na região não como uma guerra, mas como um “genocídio premeditado”. “Ainda assim, há quem compre, venda e financie o complexo industrial-militar israelense, tratando isso como algo normal”, diz a carta.

A nota também declara apoio à posição expressa pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos, divulgada em 6 de junho de 2025, e conclui solicitando oficialmente que Lula adote medidas para suspender as relações diplomáticas e comerciais com o governo israelense.

Com cerca de mil delegados e delegadas de várias regiões do país, o encontro do PT segue até domingo (3). Entre as lideranças presentes estiveram, além de Humberto Costa, o presidente eleito do partido, Edinho Silva, e dirigentes como Romênio Pereira, Mônica Valente, Valter Pomar e Misiara, além do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.

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